Mudanças climáticas, desastres naturais
e prevenção de riscos

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Estudo explica como pica-pau evita danos no cérebro ao bicar árvores

Estudos usando imagens em câmera lenta, exames de raio-X e simulação por computador revelaram como o pica-pau consegue evitar danos ao seu cérebro quando martela troncos com seu bico.

A cabeça do pássaro se move a velocidades em torno de seis metros por segundo. A cada martelada, seu bico sofre uma desaceleração que equivale a mais de mil vezes a força da gravidade.

Porém, em artigo publicado na revista científica "Plos One", especialistas dizem que diferenças nos comprimentos das partes superior e inferior do bico do animal e estruturas ósseas esponjosas protegem seu cérebro.

Curta a página da SNCT no Facebook


A descoberta pode ser útil no desenvolvimento de equipamentos protetores para a cabeça de humanos, entre outros usos.

Cérebro mais longo
O pica-pau tende a construir seu ninho em troncos ocos de árvores. Para se alimentar, bica o tronco com força, perfurando a casca para encontrar insetos que captura com sua língua.

Durante anos, cientistas vêm examinando a anatomia do crânio dos pica-paus para descobrir como conseguem dar suas poderosas bicadas sem se machucarem.

Essas aves não possuem muito espaço entre seu cérebro e o crânio, o que impede o cérebro de se deslocar dentro do crânio, como ocorre com humanos.

Siga a SNCT Uberlândia no Twitter


Além disso, seus cérebros são mais longos verticalmente do que horizontalmente, o que significa que a força exercida contra o crânio é distribuída por uma área maior do cérebro.

A equipe responsável pelo estudo, da Universidade Politécnica de Hong Kong, também estudaram o osso hióide do pica-pau. Esse osso, que em humanos forma o pomo de adão, é extremamente desenvolvido nesses pássaros.

Começando na parte debaixo do bico do animal, ele passa por dentro das narinas, segue por baixo do crânio, sobe até o topo, contornando a cabeça, e desce até a testa, formando uma espécie de círculo.

Batendo cabeça
Em entrevista à BBC, o especialista Ming Zhang, coautor do estudo, disse que a equipe queria entender esse processo em números.

"A maioria dos estudos prévios se limitava a respostas qualitativas para essa questão, mas para resolver esse problema interessante são necessários mais estudos quantitativos", disse.

Para o pesquisador, a compreensão do biomecanismo usado pelo pica-pau seria útil no "desenho de artefatos de proteção humana e até em desenho industrial".

Primeiro, a equipe observou os pica-paus em ambientes controlados. Duas câmeras captaram, em câmera lenta, imagens dos animais bicando um sensor que media a força da bicada.

Eles descobriram que os pássaros viram ligeiramente a cabeça quando bicam, o que influencia a forma como as forças são transmitidas.

Tomografia
A equipe também fez tomografias computadorizadas e análises dos crânios de pica-paus usando microsópios eletrônicos de varredura para determinar como as partes se encaixam e onde ocorre variação na densidade óssea.

Munidos dessas informações, os cientistas foram capazes de usar simulação por computador para calcular as forças afetando todo o crânio do pássaro enquanto ele bicava.

Eles concluíram que três fatores se combinam para proteger o pássaro.

Primeiro, a estrutura circular do osso hióide, contornando todo o crânio, age como um cinto de segurança, especialmente após o impacto inicial.

A equipe constatou que os comprimentos das partes superior e inferior do bico do pica-pau são diferentes. Quando a força é transmitida da ponta do bico para dentro do osso, essa assimetria diminui a carga de força que chega até o cérebro.

Finalmente, ossos em forma de placa, com uma estrutura esponjosa em pontos diferentes do crânio, ajudam a distribuir a força, protegendo o cérebro.

Fonte: Folha.com.

Cientistas testam terapia genética inédita para salvar visão de britânico

Pela primeira vez, cientistas tentaram corrigir problema genético nas células do fundo do olho que captam a luz.

Pesquisadores de Oxford, na Grã-Bretanha, trataram um paciente britânico com uma terapia genética inédita para evitar que ele perdesse a visão.

A técnica é uma versão avançada de um tratamento desenvolvido há quatro anos em Londres. Pela primeira vez, cientistas tentaram compensar um problema genético nas células que captam a luz, posicionadas no fundo do olho, com injeções de células saudáveis.

O paciente é um advogado de Bristol, Jonathan Wyatt, de 63 anos, que sofre de uma condição genética conhecida como choroideremia. Wyatt foi o primeiro de 12 pacientes submetido à técnica experimental. A experiência com a nova técnica deve durar dois anos no Hospital John Radcliffe, de Oxford.

Siga a SNCT Uberlândia no Twitter


O médico de Wyatt, professor Robert MacLaren, acredita que só dentro de dois anos poderá terá certeza se a degeneração da visão do paciente parou de avançar. Se isto ocorrer, a visão do advogado terá sido salva.

'Se isto funcionar então vamos querer tratar pacientes muito mais cedo, na infância, quando eles ainda tem visão normal (...) para evitar que eles percam a visão', afirmou.

MacLaren afirma que, se esta terapia funcionar, poderá ser usada também para outras doenças da visão, incluindo a forma de cegueira mais comum entre idosos, a degeneração macular.

'Esta é uma doença genética e não tenho dúvidas de que, no futuro, vai haver um tratamento genético para ela', disse.

Visão prejudicada
Jonathan Wyatt enxergava normalmente até os 19 anos, quando começou a ter problemas para enxergar em ambientes escuros. Médicos disseram que a visão dele iria piorar e que ele poderia ficar cego.

Há dez anos ele começou a ter dificuldades para ler declarações durante julgamentos, em salas com menos iluminação.

Curta a página da SNCT no Facebook


'A pior ocasião foi quando eu estava lendo uma declaração para a corte e cometi um erro. O juiz me perguntou 'O senhor não sabe ler, Sr. Wyatt?'. Então decidi abandonar a advocacia', disse.

Atualmente ele trabalha em casa e, sem o tratamento, aguardava ficar cego dentro de poucos anos. O advogado espera que o tratamento permita que ele continue em sua profissão.

A doença de Wyatt, choroideremia, é rara e é causada por uma versão defeituosa do gene chamado REP1. O problema faz com que as células do olho que detectam a luz, que ficam no fundo do olho, morram.

Os portadores da doença tem uma visão normal, mas, no final da infância, começam a deixar de ver durante a noite.

A partir daí a visão entra em fase de gradual degeneração. Os médicos afirmam que os pacientes podem perder totalmente a visão quando estão por volta dos 40 anos. Não havia tratamento para este problema.

A nova terapia genética testada em Oxford é simples: o processo de morte das células detectoras de luz é suspenso quando cópias sem defeito do gene REP1 são injetadas nestas células.

Tratamentos em dez anos
A pesquisa de Oxford foi feita depois de um teste com terapia genética que começou há quatro anos no Hospital Moorfields, em Londres. O objetivo principal destes testes é demonstrar que a técnica usada em Londres é segura.

O tratamento, que adota um procedimento um pouco diferente, foi testado primeiro em adultos que já tinham perdido quase toda a visão e depois em crianças.

De acordo com o professor Robin Ali, que liderou esta pesquisa, os testes mostraram que a terapia genética é segura e que houve uma melhora significativa em alguns pacientes.

O presidente da Academia de Ciências Médicas da Grã-Bretanha, John Bell, afirmou que estes testes de terapias genéticas em Oxford e Londres sugerem que vários problemas de visão sem cura poderão ter um tratamento 'dentro dos próximos dez anos'.

Fonte: G1.

domingo, 30 de outubro de 2011

Relatório aponta áreas de risco com mudança climática

A intensa urbanização, o pouco planejamento na organização das cidades e a redução da vegetação põem em xeque os países do Sudeste Asiático e do Pacífico, que sofrem com os efeitos da mudança climática, indica uma análise divulgada nesta quarta-feira pela imprensa.

Inundações como as da Tailândia, o paulatino afundamento da capital das Filipinas e o desaparecimento de inúmeras ilhas do Pacífico pelo aumento do nível do mar são algumas consequências da mudança climática, aponta o estudo da empresa de consultoria Maplecroft.

"O crescimento da população combinado com governos pouco eficientes, corrupção, pobreza e outros fatores socioeconômicos aumentam o risco para a população e os negócios", afirma o comunicado.

O estudo analisa e mostra em um mapa os países mais vulneráveis às mudanças climáticas, as cidades mais ameaçadas, as zonas econômicas e os perigos para a população mundial.

Curta a página da SNCT no Facebook


"O impacto e as consequências de um desastre ambiental grave não só afetam a população e economia locais, mas podem ser de importância mundial, especialmente porque o peso destas economias está aumentando", explica o analista ambiental da empresa, Charlie Beldon.

Problema mundial
A Tailândia, que ocupa o 37º lugar da lista entre os países com maior risco, sofre atualmente as piores inundações dos últimos 50 anos que ameaçam inundar Bangcoc, já causaram 366 mortes e afetam 9 milhões de pessoas.

Um vídeo da ONG tailandesa Roosuflood culpa a destruição do ambiente para a construção de parques industriais e áreas residenciais como a causa das inundações, e aponta que o volume das precipitações neste ano não foi muito maior do que nos anos anteriores.

O relatório da Maplecroft afirma que a construção de infraestruturas para expandir as cidades pode dificultar a resposta aos desastres, cada vez mais frequentes.

Conforme o relatório, a capital Manila é "extremamente vulnerável" às mudanças pelo rápido crescimento da população, que deve ganhar mais 2,2 milhões de habitantes entre 2010 e 2020, e por seu elevado risco de sofrer inundações e tempestades.

Siga a SNCT Uberlândia no Twitter


Pelas estimativas do Instituto de Vulcanologia e Sismologia filipino, algumas áreas de Manila afundaram nos últimos três anos pela exploração exagerada dos aquíferos, o que piora as enchentes que se repetem ao longo da estação das monções.

No início de setembro, o Fórum das Ilhas do Pacífico realizado na Nova Zelândia alertou sobre a situação de vários estados insulares, como Tuvalu, Kiribati e as Ilhas Marshall, que submergem lentamente por causa do aumento do nível do mar.

Os efeitos também podem aparecer em países desenvolvidos, como ocorreu este ano na Austrália com as graves inundações em Brisbane, e na Nova Zelândia, com o terremoto que devastou a cidade de Christchurch.

Outras áreas do planeta, como a África e América do Sul, também são vulneráveis aos efeitos da mudança climática.

O relatório da Maplecroft aponta que os riscos também podem oferecer oportunidades de investimento pela "mudança na demanda de bens e serviços" e "modificar" os existentes diante das novas necessidades.

Fonte: Folha.com.

Uso regular da aspirina previne câncer hereditário, diz pesquisa

Estudo foi feito com cerca de mil pacientes com um problema genético.
Risco de desenvolver a doença cai pela metade.


Um dos remédios mais populares do mundo acaba de ganhar mais uma utilidade. Uma pesquisa britânica publicada nesta sexta-feira (28) diz que o ácido acetilsalicílico (AAS), mais conhecido pelo nome comercial aspirina, ajuda na prevenção dos cânceres hereditários.

O estudo foi feito com cerca de mil pacientes com a síndrome de Lynch, um problema que afeta os genes que detectam e consertam as falhas no DNA. Em cerca de 50% dos casos, a consequência desse defeito é o câncer. Os tipos mais comuns são o colorretal e o de útero.

Siga a SNCT Uberlândia no Twitter


Os pacientes foram divididos em dois grupos – um que tomou e outro que não tomou o AAS regularmente – e acompanhados por cerca de dez anos. Entre os que não usaram o medicamento, quase 30% desenvolveram câncer; no grupo dos que tomaram, apenas 15% tiveram a doença.

Contudo, o número de pólipos – estruturas consideradas precursoras dos tumores – foi igual nos dois grupos. Segundo os pesquisadores, isso sugere que o AAS cause a destruição das células antes que elas se tornem cancerosas.

“É um grande avanço em termos de prevenção do câncer. Para quem tem histórico de cânceres hereditários na família, como o colorretal e o de útero, essa notícia será bem-vinda”, acredita Patrick Morrison, da Queen’s University, em Belfast, que coordenou a pesquisa na Irlanda do Norte.

Curta a página da SNCT no Facebook


Mas ele alerta: “Para quem está considerando tomar aspirina, eu recomendo conversar com o médico antes, pois se sabe que a aspirina traz vários riscos para o estômago, incluindo úlceras”.

A pesquisa foi publicada na edição online da revista médica Lancet.

Fonte: G1.

sábado, 29 de outubro de 2011

Partículas presentes em produtos químicos alteram cérebro

Estudo mostrou que exposição à nanopartículas encontradas em tintas, cremes e protetores solares afeta funções cerebrais


Nanopartículas de dióxido de titânio, utilizadas em vários produtos, de tintas até cremes solares, podem alterar uma barreira essencial que protege o cérebro de elementos tóxicos, segundo estudo divulgado esta quarta-feira na França.

Os resultados do estudo em laboratório sugerem que a presença de nanopartículas de dióxido de titânio (TiO2) poderia ser a origem de uma inflamação cérebro-vascular, informou o Comissariado francês de Energia Atômica (CEA) em um comunicado.

Siga o Twitter da SNCT Uberlândia


A exposição crônica a estas nanopartículas "poderia dar lugar a um acúmulo no cérebro, com risco de perturbações de certas funções cerebrais", alertou o CEA.

Um estudo feito com ratos já tinha demonstrado em 2008, através de uma instilação nasal, ser possível detectar nanopartículas de dióxido de titânio no cérebro, particularmente no bulbo olfativo e no hipocampo, estrutura com papel chave na função da memória.

Os cientistas buscaram a explicação de como estas nanopartículas apareceram no cérebro, que é protegido de substâncias tóxicas por uma estrutura particular: a barreira hematoencefálica (BHE).

Equipes do CEA e da Universidade Joseph Fourier de Grenoble (sudeste da França) reconstituíram um modelo celular desta barreira protetora, associando células endoteliais (células da parede dos vasos sanguíneos), cultivadas em uma membrana semipermeável, e células gliais (do sistema nervoso).

Curta a página da SNCT Uberlândia no Facebook


Graças a este modelo, que contém as principais características da barreira hematoencefálica presente no homem, os cientistas mostraram que uma exposição in vitro aos nano-TiO2 provoca seu acúmulo nas células endoteliais. Isto implica também a ruptura da barreira de proteção, associada a uma inflamação.

A equipe constatou também uma redução da atividade de uma proteína (P-glicoproteína), que tem a função de bloquear toxinas suscetíveis de penetrar o sistema nervoso central, segundo os resultados deste estudo, publicados na edição online da revista Biomaterials.

Fonte: iG.

Estudo confirma que dinossauros migravam mais de 300 km

Análise do esmalte do dente de saurópodes mostrou que animais beberam água tanto de regiões litorâneas quanto de montanhas


Os saurópodes, dinossauros herbívoros de mais de 15 metros de altura, faziam longas viagens migratórias. Cientistas americanos conseguiram comprovar que eles percorriam todos os anos até 300 km. Há 150 milhões de anos, os animais, mais altos que um prédio de cinco andares, abandonavam regiões litorâneas no verão e se direcionavam para terras mais altas. A viagem em busca de comida poderia durar até cinco meses, quando eles retornavam no inverno.

A comprovação da antiga teoria de que dinossauros eram espécies migratórias só foi possível agora a partir da análise do esmalte do dente de 32 saurópodes. O estudo em fósseis de Camarasaurus de duas localidades diferentes revelou pistas sobre características químicas da água bebida por eles alguns meses antes de morrerem. Os vestígio de grande variabilidade de água encontrados no estudo são consequência de que os dinossauros habitaram diferentes lugares com diferentes fontes de água, em um pequeno período de tempo.

Curta a página da SNCT Uberlândia no Facebook


“Nossa observação mais básica mostrou que os Camarasaurs beberam água proveniente da região de terras altas, diferente do terreno litorâneo onde os fósseis foram encontrados”, disse ao iG Henry Fricke da Colorado College e autor principal do estudo publicado hoje no periódico científico Nature.

Os Camarasaurus estudados deviam pesar aproximadamente 14 mil quilos e mediam entre 5 e 15 metros. No entanto, espécies maiores de Camarasaurus alcançavam 23 metros e pesavam até 47 quilos.

Siga a SNCT Uberlândia no Twitter


A equipe de pesquisadores usou brocas para remover pequenas amostras do esmalte do dente dos dinossauros fossilizados e mediram a proporção de isópodos de oxigênio no esmalte. “A superfície da água em rios e lagos varia de acordo com a geografia, o que significa que as proporção de isótopos de oxigênio é diferente entre águas de terras baixas e montanhas, por exemplo”, explicou ao iG Marie Hoerner, doutoranda do Colorado College que teve o trabalho como parte de sua tese.

Os pesquisadores puderam estimar que os dinossauros deviam ter percorrido cerca de 300 km baseado no trabalho de geólogos que reconstruíram como seria a região onde os fósseis foram encontrados, durante o período Jurássico. A montanha mais próxima estava exatamente a 300 km de distância.

Fonte: iG.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Estudo associa insônia a um risco maior de infarto

Um estudo norueguês, publicado esta segunda-feira, sugere que pessoas com problemas de sono correm um risco de 27% a 45% maior de sofrer um ataque cardíaco.

Cerca de um terço das pessoas reclamam de problemas para dormir e precisam recorrer a ajuda médica, informaram os autores do estudo, publicado na revista Circulation, publicação da prestigiada Associação Americana de Cardiologia.

"Problemas de sono são frequentes e bastante fáceis de tratar", afirmou Lars Erik Laugsand, principal autor deste estudo e pesquisador do Departamento de Saúde Pública da Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia, em Trondheim.

"Por isso, é importante que as pessoas sejam conscientes desta relação entre a insônia e os ataques cardíacos e falem com seu médico se estão com sintomas", acrescentou.

Os dados foram coletados com 52.610 adultos noruegueses que responderam a uma pesquisa nacional sobre sintomas de insônia entre 1995 e 1997.

Durante os 11 anos seguintes, os cientistas identificaram 2.368 pessoas que tiveram seu primeiro ataque cardíaco com base nos informes hospitalares e no registro nacional norueguês sobre causas de óbito.

Depois de ajustar fatores como idade, sexo, estado civil, nível educacional, pressão arterial, colesterol, diabetes, peso, atividade física, turno de trabalho, depressão e ansiedade, os cientistas identificaram um risco maior naqueles que relataram mais problemas para dormir.

Quando comparados os dados de pessoas que relataram dormir bem de forma geral com os de indivíduos que contaram ter problemas para conciliar o sono quase que diariamente no último mês, constatou-se um risco 45% maior de infarto no segundo grupo.

Os que disseram conseguir conciliar o sono, mas não dormir durante toda a noite, demonstraram um risco 30% maior de sofrer ataque cardíaco coração do que o grupo de indivíduos que disse dormir bem.

Aqueles que contaram não acordar revitalizados demonstraram ter um risco 27% maior.

Embora os cientistas tenham advertido que os padrões de sono podem variar de uma população para outra, um vínculo similar entre insônia e doenças cardiovasculares já tinha sido sugerido em um estudo feito nos Estados Unidos.

Fonte: Terra.

Novo estudo confirma aquecimento contínuo na superfície terrestre


Após novo estudo, um grupo de cientistas dos Estados Unidos definiu que a superfície da Terra está, realmente, ficando mais quente. Segundo as descobertas do Berkeley Earth Project, a temperatura da terra aumentou em um grau centígrado nas últimas seis décadas.

A equipe usou métodos novos em um projeto com base em dados recentes, mas as descobertas não destoaram do que havia sido apontado pela Nasa anteriormente nem das tendências apontadas pelo Escritório de Meteorologia da Grã-Bretanha.

Segundo um dos participantes do Berkeley Earth Project na Universidade da Califórnia, professor Richard Muller, a maior surpresa para o grupo foi exatamente compartilhar dos resultados anteriores de equipes dos Estados Unidos e Grã-Bretanha. Segundo ele, essa é mais uma prova de que os estudos foram feitos cuidadosamente, o que desbanca a afirmação dos céticos quanto o aquecimento global de que estas pesquisas teriam suas conclusões pautadas por tendencias.

O encontro reuniu dez cientistas renomados que relataram também que o chamado efeito de "ilha de calor urbana", referente à elevação de temperatura na proximidade de cidades, não é responsável pelo aquecimento registrado na maioria das estações climáticas no mundo, apesar de também ter sido verificado um aumento desta manifestação.

O grupo de estudiosos que defende uma ideia contrária afirma que muitas estações meteorológicas são posicionadas perto de cidades em constante crescimento, o que provocaria o aumento de calor e o registro equivocado. Para combater esta lógica, o Berkeley Earth Project desenvolveu um método de analisar os dados para detectar a tendência das temperaturas globais em terra desde 1800.

Os cientistas descobriram cerca de 40 mil estações meteorológicas por todo o mundo as quais tiveram suas informações gravadas e armazenadas em formato digital.

Fonte: SRZD.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Estudo reafirma aquecimento global e tira munição de céticos

As pesquisas originadas na Universidade da Califórnia (Berkeley) costumavam ser destoantes de outros centros de estudos climáticos ao questionar dados sobre o aquecimento global, por isso eram utilizadas por céticos das mudanças climáticas como prova de que o fenômeno não existia.

Agora, o Projeto Terra (Berkeley Earth Project – Best) divulgou os resultados da análise mais abrangente feita até hoje pela Universidade, que considerou dados de quase 40 mil estações meteorológicas e de cerca de um bilhão de registros de temperatura, e chegou à conclusão de que o planeta aqueceu 1ºC desde 1950.

Assim, a Universidade da Califórnia se soma a outros renomados centros de pesquisa como a Nasa, a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (Noaa) e o Met Office britânico que afirmam que o aquecimento global é real e já está ocorrendo.

“Mesmo se considerarmos as críticas feitas por céticos, isso não alterará o resultado que encontramos”, afirmou Richard Muller, líder do Best, se referindo ao fato de que a pesquisa ainda não foi revisada pela comunidade científica e publicada em um periódico.

O próprio Muller estava entre os céticos do aquecimento global, sendo um dos pesquisadores ouvidos pelo congresso norte-americano no começo deste ano durante os debates sobre a criação de leis climáticas nos Estados Unidos. Na ocasião, o cientista afirmou não acreditar no aumento da temperatura no Século 20.

Outro fator que dá significância ao resultado apresentado pelo Best é que o projeto foi em parte financiado pela Fundação Charles Koch, uma das maiores críticas do http://www.blogger.com/img/blank.gifaquecimento global e famosa por investir em campanhas contrárias às legislações climáticas.

“Berkeley chegou ao mesmo resultado que todos nós. É interessante ver que mesmo um cético como Muller tem que se render diante dos dados concretos da ciência climática”, disse Michael Mann, da Universidade Estadual de Penn, ao portal NewScientist.

O Best está em processo de análise para ser publicado no periódico Geophysical Research Letters.

Fonte: Envolverde.

Essa desconhecida e prejudicial mudança climática



A extinção dos rios, a redução das reservas hídricas subterrâneas, a seca e as tempestades que matam a vegetação obrigam as camponesas de Gana a gastarem muito mais tempo e energia do que antes na busca por água e alimento. Para as mulheres ganesas, a quase desconhecida mudança climática significa mais trabalho para sobreviver.

“As mulheres não participam da tomada de decisões para conter as mudanças do clima, convertidas em uma ameaça para a subsistência nos países em desenvolvimento”, disse o diretor-executivo da Fundação Abibimman, Kenneth Nana Amoateng. No entanto, são elas que devem improvisar soluções e responder aos desafios impostos por este fenômeno. A maioria das mulheres prejudicadas pela variabilidade do clima carece de representação ou fica fora das políticas e dos programas estatais, desenhados para conter suas consequências.

A pescadora Akos Matsiador, de 40 anos, perdeu sua casa no ano passado, quando um aumento imprevisto do nível do Oceano Atlântico atingiu a aldeia de Horvi. “A corrente foi tão forte que submergiu toda a aldeia. Cestas com pescado defumado que havia guardado para vender em outras aldeias acabaram no mar”, contou Mtsiador, que perdeu sua casa e sua fonte de renda. Mtsiador e outras vítimas desta espécie de maremoto, como Mercy Hlordzi, que perdeu seu marido além de sua fonte de renda, vivem em uma cabana perto da casa do chefe da aldeia. “Estamos aqui, mas não fazemos nada porque o mar destruiu nosso trabalho”, argumentou.

Elas, como outras mulheres que passaram pelo mesmo, esperam que o governo intervenha e as ajude a reiniciar a atividade. Suas vozes não estão incorporadas ao discurso e aos processos para conter a mudança climática, pois sabem muito pouco, ou quase nada, sobre o fenômeno e suas consequências na vida cotidiana. Para oferecer-lhes ajuda, a Fundação Abibimman, junto com a organização ambientalista Greenpeace e outras entidades não governamentais, realizaram na semana passada o que se chamou de Sessões sobre Mulheres e Justiça Climática, na cidade de Tema, na costa atlântica. Mulheres de vários povoados e aldeias do país puderam compartilhar suas respectivas experiências nesta atividade.

A última estação seca afetou fontes e cursos de água, e até deixou rachaduras na terra, disse Memuna Sandow, integrante da área eleitoral de Wulugu, no distrito de West Mamprusi, norte de Gana. “A seca causou perda de alimentos, cultivos e animais, elementos básicos para sobreviver. As mulheres cuidam do meio ambiente mais do que os homens, mas na hora de decidir não são consideradas”, afirmou Sandow. A falta de conhecimento sobre a mudança climática as mantém paralisadas sem saber como lutar contra o fenômeno, lamentou.

Por isso é necessário que o Estado as inclua no desenho e na implantação de políticas e programas contra a mudança climática, ressaltou Sandow. “A pouca participação de mulheres nos processos de decisão tem consequências negativas sobre as medidas para combatê-la”, acrescentou. “É um fato indiscutível que as mulheres são as mais pobres das comunidades que subsistem à base de recursos naturais”, concordou a ministra de Assuntos de Mulheres e Infância, Juliana Azumah Mensah.
http://www.blogger.com/img/blank.gif
Na qualidade de signatária de várias convenções internacionais, Gana concordou em incluir a perspectiva de gênero nas pesquisas sobre o impacto da mudança climática, afirmou Mensah. As autoridades consideram incluir mulheres no desenvolvimento de critérios de financiamento e distribuição de recursos para iniciativas destinadas a conter as consequências do fenômeno ambiental, disse a ministra.

“Espero que o resultado das sessões sobre mudança climática passe para os órgãos adequados para comunicar planos à assembleia nacional, bem como às locais”, acrescentou Mensah. “Temos de considerar a terra não como herança de nossos pais, mas como valor que pedimos emprestados aos nossos filhos e que estamos obrigados a devolver”, diz um velho provérbio chinês lembrando por Amoateng.

Fonte: Envolverde.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Novo estudo contesta relação entre celular e câncer

Pesquisa acompanhou 350 mil pessoas por 18 anos; efeito em crianças ainda precisa ser investigado

Embora alguns estudos tenham sugerido uma associação entre celular e câncer, uma nova pesquisa dinamarquesa não encontrou ligação entre o uso desses telefones e o desenvolvimento de tumores no cérebro, afirmaram nesta sexta-feira, 21, os autores da pesquisa no site da revista "British Medical Journal" (BMJ, sigla em inglês).

Segundo o estudo, realizado no Instituto de Epidemiologia de Copenhague, os casos de câncer no sistema nervoso central eram os mesmos entre os indivíduos que usaram celular durante um longo período de tempo - mais de 10 anos - e os que nunca utilizaram esse aparelho.

Durante um período de 18 anos, os pesquisadores acompanharam de perto a saúde de 350 mil pessoas, entre elas usuários de celular e pessoas que nunca tiveram acesso ao aparelho.

Com os resultados, os especialistas afirmaram que não conseguiram detectar aumento do risco de desenvolver tumores no sistema nervoso central entre aqueles que usavam regularmente o celular.

Apesar da descoberta, os pesquisadores dinamarqueses ressaltaram que ainda é preciso estabelecer o efeito que o celular provoca nas crianças.

Segundo Hazel Nunn, porta-voz de assuntos de saúde da ONG britânica Cancer Research, "estes resultados são a maior prova de que o uso de celular não parece aumentar o risco de câncer no cérebro".

Para o professor Malcolm Sperrin, especialista do Hospital Royal Berkshire, próximo a Londres, essas conclusões "revelam claramente que não há risco de se desenvolver câncer no cérebro".

O National Cancer Institute, nos Estados Unidos, reforça que até hoje não há evidências científicas de que a radiação emitida pelos aparelhos cause câncer em tecidos da cabeça e do pescoço.

Embora alguns estudos tenham apontado uma associação estatística entre o uso do celular e tumores no cérebro, a maioria das pesquisas não comprovou essa relação. Entre os motivos para a discrepância nos resultados, os especialistas apontam desde o viés no perfil dos participantes dos estudos até a falta de precisão ao relatar o uso do aparelho e as mudanças na tecnologia e formas de uso.

Há outros estudos em andamento. Um deles, que começou na Europa em 2010, vai avaliar cerca de 250 mil usuários ao longo de 20 ou 30 anos.

Fonte: gazetaweb.com.

As ações humanas podem provocar terremotos?

De acordo com especialistas, a resposta é sim. Alguns tremores são causados pela ação humana, e sua tendência é aumentar

''Sim, há mais de meio século que projetos de engenharia vêm provocando terremotos’', afirmou Leonardo Seeber, professor pesquisador do Observatório Terrestre Lamont-Doherty, de Nova York. Ele afirma que terremotos provocados pelo homem talvez sejam mais comuns do que pensamos.

Alguns deles foram terríveis, como o ocorrido em 1967, que foi associado à construção da represa de Koyna, na Índia, afirmou Seeber.

''Sem dúvida, este e muitos outros terremotos foram desencadeados pela ação humana. Porém, ele diz que normalmente não é fácil diferenciá-los dos desastres naturais. ''Os representantes das empresas responsáveis geralmente se recusam a admitir a responsabilidade e dificultam a obtenção de dados que comprovem essa influência’', afirma.

Até um pequeno aumento de pressão pode levar à ruptura de uma falha geológica, afirmou Seeber, e os seres humanos tendem a causar esse aumento de duas formas: alterando a pressão sobre a crosta, geralmente com a construção de lagos artificiais, que tornam a pressão maior, e com a exploração de pedreiras e campos petrolíferos, que a diminuem.

Uma forma menos evidente consiste no ''enfraquecimento do material rochoso devido ao aumento da pressão dos fluidos nele existentes’', afirma o especialista. Sempre é levantada a questão do processo de fratura hidráulica, que usa um grande volume de água, areia e substancias químicas para liberar gás natural de rochas compactas.

Segundo Seeber, é improvável que o processo em si desencadeie terremotos, ''mas a liberação de fluidos envolvida provavelmente consegue fazer isso’'.

Fonte: iG.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Estudantes da zona rural de Uberlândia visitam o Museu Dica da UFU

O Museu Diversão com Ciência e Arte (Dica), do Instituto de Física (Infis) da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), recebeu na manhã desta terça-feira (25) a visita de 34 estudantes da Escola Municipal Dom Bosco, da zona rural de Uberlândia. Além de interagir com os experimentos de Física, eles assistiram à peça teatral Entrerruas apresentada pela Trupe Tamboril, da UFU.

Para o professor Valdir Rabelo Alves Júnior, da Escola Dom Bosco, a experiência “é um trabalho riquíssimo e que os alunos a levarão em sua memória para o resto de suas vidas”. Na avaliação do aluno João Paulo Neto, do 9º ano, da Escola Municipal do Bairro Shopping Park, que também esteve presente na visita, foi uma oportunidade de aprendizagem. “Amo Física. Esse é o motivo da minha vinda aqui”, observou o estudante. Ele destacou a plataforma giratória, que está relacionada com o conceito do momento angular, mostrando que a velocidade do giro do equipamento depende da forma com que o visitante se posiciona sobre ele.


Museu Diversão com Ciência e Arte
Instituto de Física
Universidade Federal de Uberlândia
Telefone: (34) 3230-9517
E-mail: dicacomunica@infis.ufu.br

Estudo americano confirma aquecimento da superfície terrestre

Projeto assegura que estações meteorológicas dão dados precisos sobre aquecimento global

Uma nova análise de um grupo de cientistas dos Estados Unidos concluiu que a superfície da Terra está ficando mais quente.

Desde 1950, a temperatura média em terra aumentou em um grau centígrado, segundo as descobertas do grupo Berkeley Earth Project.

O Berkeley Earth Project usou novos métodos e novos dados, mas as descobertas do grupo seguem a mesma tendência climática vista pela Nasa e pelo Escritório de Meteorologia da Grã-Bretanha, por exemplo.

"Nossa maior surpresa foi que os novos resultados concordam com os valores de aquecimento publicados anteriormente por outras equipes nos Estados Unidos e Grã-Bretanha", afirmou o professor Richard Muller, que estabeleceu o Berkeley Earth Project na Universidade da Califórnia reunindo dez cientistas renomados.

"Isto confirma que estes estudos foram feitos cuidadosamente e que o potencial de (estudos) tendenciosos, identificados pelos céticos em relação ao aquecimento global, não afetam seriamente as conclusões", acrescentou.

O grupo de cientistas também relata que, apesar de o efeito de aumento de calor perto de cidades - o chamado efeito de ilha de calor urbana - ser real e já ter sido estabelecido, ele não é o responsável pelo aquecimento registrado pela maioria das estações climáticas no mundo todo.

Ceticismo
O grupo examinou as alegações de blogueiros "céticos" em relação ao fenômeno, que afirmam que os dados de estações meteorológicas não mostram uma tendência verdadeira de aquecimento global.

Eles dizem que muitas estações meteorológicas registraram aquecimento pois estão localizadas perto de cidades e as cidades crescem, aumentando o calor.

No entanto, o grupo de cientistas descobriu cerca de 40 mil estações meteorológicas no mundo todo cujas informações foram gravadas e armazenadas no formato digital.

Os pesquisadores então desenvolveram uma nova forma de analisar os dados para detectar a tendência das temperaturas globais em terra desde 1800.

O resultado foi um gráfico muito parecido com aqueles produzidos pelos grupos mais importantes do mundo, que tiveram seus trabalhos criticados pelos céticos.

Dois destes três registros são mantidos pelos Estados Unidos, na Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA) e na Nasa. O terceiro é uma colaboração entre o Escritório de Meteorologia da Grã-Bretanha e o Centro de Pesquisa Climática da Universidade de East Anglia (UEA).

O professor Phil Jones, do Centro de Pesquisa Climática da UEA, encarou o trabalho do grupo com cautela e afirmou que espera ler "o relatório final", quando for publicado.

"Estas descobertas iniciais são muito encorajadoras e ecoam nossos resultados e nossa conclusão de que o impacto das ilhas urbanas de calor na média global de temperatura é mínimo", disse.

Phil Jones foi um dos cientistas britânicos acusados de manipular dados para exagerar a influência humana no aquecimento global. Os cientistas foram inocentados em 2010.

O caso teve início em 2009, com o vazamento de e-mails de Jones nos quais o cientista parecia sugerir que alguns dados de pesquisas sobre o aquecimento global fossem excluídos de apresentações que seriam realizadas na conferência da ONU sobre mudanças climáticas.

O episódio deu munição aos céticos em relação ao papel dos seres humanos nas alterações climáticas. Mas a sindicância da Universidade de East Anglia concluiu que não havia dúvidas sobre o rigor e a honestidade dos cientistas.

Sem publicação

Bob Ward, diretor de política e comunicações para o Instituto Graham de Mudança Climática e Meio Ambiente, de Londres, afirmou que o aquecimento global é claro.

"Os chamados céticos devem deixar de lado sua alegações de que o aumento na temperatura média global pode ser atribuído ao impacto do crescimento das cidades", disse.

A equipe do Berkeley Earth Project decidiu divulgar os dados de suas pesquisas inicialmente em seu próprio website, ao invés de fazê-lo em uma publicação especializada.

Os pesquisadores estão pedindo para que os internautas comentem e forneçam suas opiniões antes de preparar os manuscritos para a publicação científica formal.

Richard Muller, que criou o grupo de pesquisa, afirmou que esta livre circulação de informações marca uma volta à forma como a ciência precisa ser feita, ao invés de apenas publicar o estudo em revistas científicas.

Fonte: iG.

As novidades em computação móvel e a plataforma Windows Phone 7 serão apresentadas durante evento na UFU


Atividade é promovida pela Faculdade de Computação

Dispositivos desenvolvidos para dar mais mobilidade aos usuários. Um novo mercado para ser explorado e que pode nascer da computação móvel. A novidade será apresentada durante o evento “Inovação em computação móvel utilizando windows phone 7”, promovido pela Faculdade de Computação da Universidade Federal de Uberlândia (Facom/UFU), na sexta-feira, 28 de outubro.

Segundo o professor Flávio de Oliveira, organizador, cada vez mais as aplicações vão migrar para esses dispositivos móveis. “A área de computação vai entrar em um novo ciclo. É uma oportunidade para quem gosta e trabalha com tecnologia, para se inserir em um mercado novo, pronto para ser explorado. Não são aplicações complexas, mas que alcançam um grande público”, ressalta o professor.

Ainda, durante o evento, acontecerá o pré-lançamento do Microsoft Inovation Center (MIC). “Ainda estamos assinando um termo de cooperação tecnológico entre a Universidade e a Microsoft”, explica Flávio de Oliveira. O MIC disponibilizará programas com foco em inovação. São programas como o Imagine Cup, uma competição mundial que propõe a criação de um produto que será defendido pelo seu criador, por meio de seletivas. “Ao final, poderemos ter o embrião de uma empresa viável”, destaca o professor. Outro programa disponibilizado pelo MIC é o Bizspark destinado a http://www.blogger.com/img/blank.gifempresas recém criadas. “São oferecidos o software e a infraestrutura sem custo algum, é um incentivo para as novas empresas que estão começando”, lembra o professor.

O evento é aberto a toda comunidade. As inscrições podem ser feitas pelo endereço: www.mic.facom.ufu.br.


Programação
Sexta-feira - 28/10 – 18h30
Campus Santa Mônica – Anfiteatro do Bloco 3Q
Abertura – Professor Ilmério Reis da Silva, Diretor da Faculdade de Computação
Inovação Continuada - Palestrante: Professor Marcelo Rodrigues de Souza – Coordenador do NAGI (Núcleo de Apoio à Gestão da Inovação)

Mobilidade e Computação em Nuvem - Palestrante: Sérgio Paim – CEO
A plataforma Windows Phone 7 para o desenvolvimento de Jogos e Aplicações -
Palestrante: Bruno Ferreira de Souza, MSP (Microsoft Student Partner)


Sábado - 29/10 – 08h30

Campus Santa Mônica – Bloco B – Laboratório V
Laboratório Prático (Hands On Lab).
No treinamento será possível utilizar e aprender sobre as ferramentas de desenvolvimento e iniciar o desenvolvimento de aplicações. A vaga para participação será sorteada entre os participantes no evento.

Fonte: Diretoria de Comunicação Social da UFU.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Exposição no Parque do Sabiá encerra as atividades da SNCT em Uberlândia

Evento contou com a participação de estudantes e servidores do IFTM durante toda a Semana

A última atividade proposta para a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) em Uberlândia foi realizada ontem (23) no Parque do Sabiá. A exposição Brincando e Aprendendo recebeu vários visitantes, mesmo com o dia chuvoso.

Os stands do IFTM Campus Uberlândia foram organizados por estudantes e professores do curso de agronomia e dos cursos técnicos de meio ambiente e agropecuária.

Os visitantes receberam informações sobre cursos e projetos (como o modelo de uma fazenda sustentável), participaram da gincana organizada pelos representantes do curso de meio ambiente e ainda receberam mudas de plantas típicas do Cerrado.

Além do IFTM, a exposição contou com stands do Museu Diversão com Ciência e Arte (Dica), da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), da Prefeitura Municipal, da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros, das escolas municipais e estaduais, entre outros.

A SNCT em Uberlândia foi organizada pelo IFTM Campus Uberlândia, pela UFU e pela Prefeitura Municipal. Teve apoio do CNPq, da Fapemig, da Fundação de Apoio Universitário (FAU) e do Cemepe, além das parcerias da Fiemg, da Associação Comercial e Industrial de Uberlândia (Aciub), da Cemig, do Corpo de Bombeiros, do 36º Batalhão do Exército, da Polícia Militar e do Instituto Estadual de Florestas (IEF).


Jornalista Rosiane Magalhães
Comunicação Social – IFTM Campus Uberlândia
comunicacao.udi@iftm.edu.br
Twitter: @iftm_uberlandia

Nanotubos de carbono poderão ser usados no combate a tumores


Estudo aborda efeitos de nanomaterais nas células do sistema imunológico

A nanotecnologia é um campo relativamente novo e mais ainda a sua aplicação em medicina. Particularmente, o nanotubo de carbono (NT) constitui uma nova classe de material para aplicação na área biomédica. Seu diminuto tamanho permite que sejam internalizados por diferentes células.

Embora vários trabalhos demonstrem a capacidade desses materiais ultrapassarem as membranas celulares, o mecanismo desse processo ainda não está bem elucidado. Estudos já realizados sugerem que a internalização dos NTs ocorra por meio de um receptor de membrana celular denominado Marco, que está ligado à remoção de partículas inertes e na ativação de resposta imune contra agentes infecciosos.

Estudos prévios desenvolvidos pelo grupo no projeto NanoBioTecnologia-Capes-Unicamp demonstram que macrófagos e células do carcinoma pulmonar de Lewis internalizam os NTs de paredes múltiplas, assim chamados os constituídos por tubos concêntricos. Esses fatos e a existência de muitos trabalhos mostrando que essas nanopartículas entram no citoplasma das células, chegando até a atingir seu núcleo, motivaram Vania Daniela Ramos da Silva a desenvolver pesquisa com o objetivo de elucidar o mecanismo de internalização desses NTs por células de defesa do organismo e células de carcinoma pulmonar de Lewis e também sua relação com a expressão do receptor Marco.

O trabalho deu origem à dissertação de mestrado apresentada na Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação (FEEC) da Unicamp. O estudo aborda ainda os efeitos desses nanomateriais nas células do sistema imunológico e em célula tumoral, fornecendo informações que possam futuramente direcionar pesquisas que utilizem esses NTs como carreadores de drogas, especialmente as utilizadas na detecção prévia de tumores e no tratamento antitumoral. A elucidação do mecanismo de ação dos NTs pode possibilitar que drogas agregadas a eles atinjam mais diretamente as células tumorais, minimizando efeitos colaterais muito comuns na quimioterapia.

Os resultados da pesquisa demonstram que as células dendríticas que expressam o receptor Marco em maior quantidade internalizam o NT de forma bastante eficaz. Os macrófagos que expressam menos esse receptor internalizam menores quantidades do nanomaterial. Já as células tumorais de linhagem de Lewis embora internalizem quantidade significativa dos NTs parecem não necessitar de um receptor especifico para isso, pois não expressam o receptor Marco.

Os NTs de carbono de parede múltipla utilizados nas pesquisas foram sintetizados no Laboratório de Nanoengenharia e Diamante, do Departamento de Semicondutores, Instrumentos e Fotônica da FEEC pelo engenheiro químico e pesquisador Helder José Ceragioli, sob coordenação do professor Vitor Baranauskas, orientador do mestrado. A pesquisa contou com a coorientação da professora Elaine C. de Oliveira do Departamento de Saúde da Fatec de Sorocaba e pesquisadora colaboradora no Laboratório de Neuroimunologia do Departamento de Genética, Evolução e Bioagentes, do Instituto de Biologia (IB) da Unicamp.

Ao lado de outros pesquisadores, ela compõe o grupo que na imunologia é coordenado pela professora Leonilda Maria Barbosa dos Santos e que se dedica principalmente ao estudo de doenças auto-imunes. A diversificação profissional dos seus participantes atesta o caráter interdisciplinar do trabalho.

O professor Vitor Baranauskas faz parte de um projeto maior desenvolvido no escopo da Rede Nanobiotec-Brasil da Capes que visa à formação qualificada na área de nanotecnologia. Ele coordena na Unicamp o grupo de nanotecnologia aplicada à área médica e biológica, que produz as nanopartículas na FEEC e co-coordena com professores do IB pesquisas relacionadas à nanobiologia nas áreas celular, de imunologia, parasitologia, bacteriologia e microbiologia.

Promessas
A elucidação dos mecanismos de ação dos NTs sinaliza com a promessa de que substâncias antitumorais acopladas a eles possam ser levadas diretamente às células doentes por meio da corrente sanguínea. Isto seria facilitado porque o tumor forma um micro ambiente próprio que provoca o aumento muito grande de vasos sanguíneos, ávidos por nutrientes. Embora diversos trabalhos apontem nessa direção, não se sabe se existe um receptor específico que atua sobre essas partículas ou se simplesmente elas acabam passando pelas membranas celulares por difusão.

A proposta, diz Elaine, foi desvendar o mecanismo de entrada dos NTs para então entender a influência que teria sobre eles o acoplamento de moléculas muito grandes que, como se sabe, não conseguem passar através das membranas celulares por difusão. Se isso ocorre é porque deve existir um mecanismo específico que garanta essa entrada. Vania teve como objetivo em seu trabalho estudar se a ação do receptor Marco seria responsável por levar para dentro das células essas partículas e verificar se a linhagem da célula tumoral selecionada expressa esse receptor, o que evidenciaria essa possibilidade.

A questão primordial envolve a elucidação das razões que fazem as partículas introduzidas chegarem preferencial e seletivamente aos sítios desejados. A dificuldade maior está no sistema imunológico em que as células fagocíticas eliminam todos os corpos estranhos ao organismo, sejam bactérias ou vírus. Elaine afirma que esse é o maior problema com os NTs que não passam despercebidos na corrente sanguínea: “O nosso trabalho procura elucidar como ocorre a entrada dessas partículas nas células, quantas são fagocitadas e quantas chegam ao alvo, no caso o tumor”. A pesquisa foi realizada in vitro e os nanotubos foram corados com uma substância vermelha que se liga a eles de forma a permitir detectar sua presença e concentração no interior das células.

Os resultados mostraram aos pesquisadores que as células tumorais estudadas internalizam os nanotubos, embora não expressem o receptor Marco. Nessas células o crescimento tumoral diminui e aparentemente a célula tem diminuída a capacidade de replicar. A explicação aventada é que isso ocorre porque a internalização dos NT acaba influindo no mecanismo natural da célula tornando o metabolismo mais lento, o que leva progressivamente a célula à morte.

Elaine lembra que em outros trabalhos do laboratório poderão vir a ser estudados os mecanismos envolvendo NT em que forem acopladas determinadas drogas. Para ela, o estudo realizado vai permitir que se verifique a possibilidade de uma determinada substância agregada chegar à célula. Por ora, afirma, “sabemos que as nanopartículas inibem a propagação do tumor. Os nanotubos ativam a resposta imune de forma que ela se volte contra o tumor. Já publicamos artigo mostrando que quando os nanotubos entram nas células ocorre a liberação de mediadores que são importantes na ativação do sistema imune contra o tumor”.

O trabalho levou os pesquisadores a concluir que esses NTs não são inertes e que os macrófagos os atacam e liberam mediadores que são inflamatórios que no caso dos tumores se revelam benéficos. Eles consideram que há necessidade de controlar a dose dos nanotubos administrada, o que possivelmente resultará no controle da resposta imune, de maneira a não inviabilizar o ataque aos tumores e não causar danos às células sadias. Pouco ainda se conhece dos mecanismos responsáveis por iniciar este processo e por isso o grupo está estudando se o receptor Marco juntamente com os nanotubos de carbono seria o desencadeador desse processo quando internalizado pelas células do sistema imune.

O grupo de estudo conclui que os nanotubos são internalizados pelas células tumorais de Lewis, porém não necessitam do receptor Marco para isso; os nanotubos não se comportam como uma molécula totalmente inerte em relação ao sistema imune, provocando a produção de substâncias inflamatórias; a atividade de macrófagos e células dendríticas é modificada após o contato com os nanotubos, mesmo não sendo partículas orgânicas.

Sobre o alcance do estudo, Ceragioli lembra que além das nanopartículas serem consideradas excelentes carreadores de drogas, existem pesquisadores trabalhando com elas com o objetivo de ligá-las a determinadas substâncias utilizadas como contraste na realização de exames, de forma que seja mais eficientemente internalizadas pelas células, e possibilitem uma detecção mais específica em tumores através de tomografia ou ressonância magnética, o que atualmente não é possível na fase inicial de tumores.

Publicação
Dissertação: “Expressão do receptor MARCO em macrófagos, células dendríticas e células tumorais após internalização de nanotubos de carbono”
Autora: Vania Daniela Ramos da Silva
Orientador: Vitor Baranauskas
Coorientadora: Elaine C. de Oliveira
Unidades: Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação (FEEC) e Instituto de Biologia (IB)

Fonte: Jornal da Unicamp.

Tecnologia à base de energia solar elimina poluentes orgânicos da água

Sistema, cujo pedido de patente já foi depositado, é sustentável e viável economicamente

A Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou que 2,6 bilhões de pessoas no mundo vivem sem acesso a saneamento adequado. O alerta foi dado por ocasião do lançamento do programa “Saneamento Sustentável: Cinco Anos até 2015”, em junho último, cuja proposta é acelerar a redução pela metade da quantidade de pessoas sem acessos a saneamento básico, reconhecido pela ONU como um direito humano.

Nesse sentido, pesquisas como a desenvolvida pelo grupo de Fotoeletroquímica & Conversão de Energia, coordenado pela professora Cláudia Longo, do Instituto de Química (IQ) da Unicamp, ganham destaque. O trabalho resultou no desenvolvimento da tecnologia “Sistema para purificação de água que utiliza energia solar e eletrodo de TiO2 nanocristalino para destruir poluentes”, que tem pedido de patente depositado pela Agência de Inovação Inova Unicamp junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi) e traz uma alternativa sustentável, viável economicamente e altamente eficiente, para eliminar poluentes orgânicos da água.

De acordo com a professora Cláudia Longo, os resultados obtidos nos experimentos realizados em escala laboratorial são promissores e indicam que o sistema pode ser aperfeiçoado e utilizado para promover melhor condição de vida para a população. O aperfeiçoamento, conforme explica, poderá viabilizar a utilização dessa tecnologia para a etapa final do tratamento de efluentes industriais. “Também poderá ser utilizada para a purificação da água consumida por pessoas que vivem em regiões sem acesso a saneamento básico”, aponta.

Após providenciar o registro de pedido de patente, os resultados do trabalho foram divulgados em 2010 na revista Applied Catalysis B: Environmental, uma das mais conceituadas da área. A pesquisa vem sendo desenvolvida desde 2004 e conta com financiamento da Fapesp, CNPq e Capes por meio de auxílios à pesquisa e bolsas. Também recebeu apoio do Instituto Nacional de C,T&I em Materiais Complexos Funcionais (Inomat), coordenado pelo professor Fernando Galembeck (IQ).

Os estudos foram realizados no âmbito do projeto de mestrado de Haroldo Gregório de Oliveira, que é coautor da patente e atualmente desenvolve o doutorado na área, e também em programas de iniciação científica desenvolvidos por estudantes de Química, Farmácia e de Engenharia Química.

Em 2009, na ocasião do XVII Congresso Interno de Iniciação Científica da Unicamp, a professora Cláudia recebeu uma menção honrosa concedida pela Pró-Reitoria de Pesquisa por orientar o aluno Fernando C. L. Miaise no trabalho “Desenvolvimento de um sistema para purificação de água por fotocatálise heterogênea eletroassistida utilizando eletrodo de TiO2 nanocristalino e células solares”.

Outra premiação foi concedida na 33ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Química: o trabalho “Descontaminação de água com eletrodo de TiO2 conectado a célula solar: oxidação de fenol no anodo e deposição de cobre no catodo” foi apresentado oralmente e como painel, tendo sido eleito um dos melhores painéis da sessão de Química Tecnológica.

Purificação
A conversão de energia solar em aplicações que visam a melhoria do meio ambiente é o que move o grupo de pesquisa do IQ e, no trabalho que resultou no pedido de registro de patente, o objetivo é o de purificar a água por meio dessa fonte de energia. Os pesquisadores desenvolveram um sistema que consiste na conexão de um eletrodo de TiO2 a células solares, resultando na combinação de duas aplicações da conversão da energia solar por meio de semicondutores.

Conforme explica Cláudia, a primeira aplicação resultante, e já bastante conhecida, é a conversão em energia elétrica. A outra se refere à purificação da água. O diferencial do trabalho é a combinação das duas, tornando o processo mais eficiente em relação às alternativas existentes. Em relação ao tratamento de efluentes disponíveis atualmente, ela aponta algumas limitações, como custos elevados e o longo período necessário para a descontaminação. Outro fator relevante inclui a baixa eficácia para eliminar diversos poluentes orgânicos solúveis, tais como fenol, pesticidas, corantes e medicamentos. Estes poluentes persistentes permanecem no ambiente por longos períodos, já que não são biodegradáveis.

O tema da presença de contaminantes emergentes é objeto de estudo do professor Wilson de Figueiredo Jardim, também do IQ. No primeiro semestre deste ano, inclusive, ele organizou um workshop na Unicamp sobre a presença desses contaminantes na água para consumo humano (ver em Portal da Unicamp, 14 de abril de 2011). Na ocasião, Jardim afirmou que ainda não se sabe, ao certo, dos riscos à saúde humana, mas o efeito em animais já foi comprovado, como é o caso da alteração no sexo dos peixes, provocando uma feminização dos machos.

No evento, o docente apresentou ainda o resultado do projeto temático sobre a ocorrência de contaminantes emergentes em mananciais e água consumida no Estado de São Paulo. Foram encontrados vários, entre os quais atrazina (agrotóxico), cafeína, hormônio sintético e substâncias de medicamentos. O levantamento contou com financiamento da Fapesp e envolveu pesquisadores da Unicamp, Unesp e da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb).

Irradiação solar
Os testes realizados em pequenas escalas, no laboratório, no âmbito da pesquisa orientada pela professora Cláudia Longo, mostraram resultados animadores em relação à eliminação justamente desse tipo de substância da água. Os primeiros experimentos foram realizados sob irradiação solar direta; posteriormente, os pesquisadores utilizaram um simulador solar, eficiente e de baixo custo, com intensidade semelhante à obtida sob o sol do meio dia e que permite o controle de temperatura e intensidade da radiação. Recentemente, adquiriu-se também um simulador solar de maior porte para possibilitar o estudo em maior escala. Com esse simulador foi possível medir a eficiência e a durabilidade do sistema de purificação de água, que tem atuado de maneira reprodutível e com longa durabilidade.

Esse estudo foi realizado com eletrodos de TiO2 com 9 cm² para tratamento de 10mL de água contendo 50 mg/L de fenol. O fenol, considerado um poluente persistente, pode estar presente nos efluentes de diversas indústrias e apresenta vários efeitos nocivos à saúde. Os resultados encontrados revelaram a degradação de 78% do fenol após três horas sob irradiação no simulador solar; após seis horas, mais de 90% do poluente foi mineralizado. Resultados animadores também foram encontrados no sistema com eletrodos de 35cm² para tratamento de 70 mL de solução e, recentemente, para 0,5 L, em fluxo. As substâncias investigadas incluem, além do fenol, o corante Rodamina 6G (utilizado na indústria têxtil) e os fármacos paracetamol e estradiol.

O sistema também tem grande potencial para desinfecção de água contaminada por bactérias. Já foi estabelecida uma colaboração com o professor José Roberto Guimarães, do Departamento de Saneamento e Ambiente da Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo (FEC) da Unicamp, e espera-se que novos estudantes integrem o grupo para desenvolver o projeto.

Benefícios
Com a possibilidade de ampliação dos testes e aperfeiçoamento do sistema, o trabalho pode ter aplicação na etapa final do tratamento de efluentes, tendo como alvo estações de tratamento de efluentes de indústrias têxteis, de papel e celulose, petroquímicas e de agrotóxicos, por exemplo, bem como companhias de água e esgoto e estações de tratamento de efluentes em shopping centers, entre outros. Cláudia ressalta ainda que o sistema aperfeiçoado também pode ser utilizado para purificação de água em comunidades afastadas, não atendidas pelo serviço básico de saneamento, eliminando contaminantes resistentes a tratamentos convencionais.

Outra vantagem do sistema é o fato de ser autossuficiente do ponto de vista energético, devido à utilização de radiação solar. Baixo custo e o fato de ser sustentável (não é poluente, não exige adição de insumos e não gera resíduos) completam a relação.

Publicação
Projeto: “Sistema para purificação de água que utiliza energia solar e eletrodo de TiO2 nanocristalino para destruir poluentes”
Coordenação: Cláudia Longo
Coautor: Haroldo Gregório de Oliveira
Financiamento: Fapesp, CNPq e Capes

Fonte: Jornal da Unicamp.

domingo, 23 de outubro de 2011

QI pode mudar durante a adolescência, afirma estudo

Tradicionalmente, valor era considerado estável durante toda a vida.
Mudanças na estrutura do cérebro acompanham a variação na nota.


Uma pesquisa britânica publicada nesta quarta-feira (19) pela revista Nature mostra que o QI pode mudar, e muito, durante a adolescência. O estudo revela ainda que a alteração não é só na nota obtida, mas também na estrutura do cérebro.

O QI é a sigla para "quociente de inteligência", teste que mede a capacidade intelectual de uma pessoa. Tradicionalmente, esse valor era considerado estável durante toda a vida. As notas obtidas na infância são usadas pelos educadores para prever o desempenho das crianças no futuro. Portanto, a descoberta de que esse valor varia durante a adolescência pode causar impacto na área.

Os pesquisadores testaram 33 adolescentes em dois momentos diferentes. Em 2004, quando eles tinham entre 12 e 16 anos, foram submetidos a testes de QI e de ressonância magnética, para análise da estrutura do cérebro. Os exames foram repetidos em 2008 com os mesmos participantes e os dados obtidos foram comparados.

A diferença entre as notas obtidas chegou a 20 pontos para mais ou para menos.

“Nós encontramos uma correlação clara entre essa mudança na performance e as mudanças na estrutura do cérebro, então podemos dizer com alguma certeza que essas mudanças no QI são reais”, avalia Cathy Price, pesquisadora da Universidade College, de Londres, no Reino Unido.

“É análogo à forma física. Um adolescente que tem um corpo atlético aos 14 pode estar fora de forma aos 18 se parar de fazer exercícios. Por outro lado, um adolescente fora de forma pode melhorar se fizer exercícios”, compara Price.

Novas pesquisas deverão ser feitas para descobrir o que causa as mudanças no QI e no cérebro registradas e também para determinar se a tendência continua durante a fase adulta.

Fonte: G1.

Desastres naturais podem fazer 200 milhões de desalojados até 2050

Em mensagem para marcar Dia Internacional de Prevenção aos Desastres, Secretário-Geral da ONU lembrou casos de cheias, terremotos e tsunamis ocorridos em 2010.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu mais esforços em todo o mundo para evitar a ocorrência de desastres naturais. De acordo com a agência ONU-Habitat, até 2050, 200 milhões de pessoas podem ficar desalojadas por causa dos desastres. A agência alerta que a maioria destes seria forçada a deixar suas casas devido ao aumento do nível dos oceanos, da frequência de inundações e secas. Em mensagem sohttp://www.blogger.com/img/blank.gifbre o Dia Internacional de Prevenção aos Desastres, neste 13 de outubro, Ban lembrou os vários casos de enchentes, terremotos e maremotos, além de graves secas que ocorreram em 2010.

Ban Ki-moon afirmou, no entanto, que a “boa notícia” é que alguns países mostraram que é possível reduzir os riscos de enchentes e ciclones. Ele citou investimentos em alertas de risco e outras medidas que estão dando certo. Mas ainda há receios sobre o risco de novos acidentes nucleares desde o incidente na central atômica de Fukushima-Daichi, após o terremoto e o tsunami de 11 de março no Japão. Desde então, líderes mundiais, incluindo altos funcionários da ONU, têm discutido como melhorar a qualidade da segurança internacional para usinas atômicas.

Fonte: EcoAgência.

sábado, 22 de outubro de 2011

Países Amazônicos possuem boas leis em relação às mudanças climáticas, só falta implementá-las, diz pesquisadora

Em entrevista, a coordenadora técnica do projeto Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos, Paula Lavratti,afirma que as leis ambientais existentes nas nações que abrigam a floresta amazônica exercem uma função importante em relação às mudanças climáticas. O difícil é enfrentar as dificuldades para colocá-las em prática. Saiba como anda a situação em cada país.

O debate sobre desenvolvimento está no cerne do tema mudanças climáticas. Mas um outro tema que extremamente ligado às alterações do clima é a questão do direito – e este assunto parece estar um pouco adormecido. Pouco se fala em legislação e sobre como as leis podem auxiliar na mitigação das emissões de gases de efeito estufa e na adaptação das cidades. Você participou da coordenação do projeto Direito e Mudanças Climáticas nos Países Amazônicos. Quais os resultados obtidos?

Quando começamos a trabalhar com a questão do clima em 2008, o tema era ainda mais incipiente no mundo das leis. Apesar de se ouvir muito sobre o problema, na época não se conseguia relacioná-lo com as atividades jurídicas. Ao perceber este gargalo, iniciamos o projeto que atuou em duas linhas: a primeira de análise da legislação já existente nestes países. Após essa apreciação, nós passamos a identificar quais normas apresentam potencial tanto para serem utilizadas com o objetivo de mitigar a emissão de gases de efeito estufa como para auxiliar na adaptação da sociedade aos efeitos das mudanças do clima.

O projeto Direito e Mudanças Climáticas nos países Amazônicos abrange Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela. Para a pesquisa foram abordados sete temas: desmatamento, construção civil resíduos, agropecuária, desastres, energia e transportes. A surpresa foi constatar que, na maioria das nações, muitas das normas existentes, embora não tenham sido criadas para ter efeito sobre as alterações do clima, exercem um papel bastante importante seja na mitigação, seja na adaptação. Entretanto, o lado negativo da análise é o diagnóstico de que todos os países amazônicos enfrentam dificuldades para implementar a legislação existente, um problema crônico da região.

Mesmo com problemas de implementação da lei, o Brasil, por exemplo, instituiu novas normas para tratar a questão climática, como o Plano Nacional sobre Mudança do Clima ou a sanção no fim do ano passado da Política Nacional sobre Mudança do Clima. Como os outros países amazônicos, tratam este tema?

Os países Amazônicos têm estruturas políticas institucionais diferentes entre si, desde a forma de organização do país até a definição de quais esferas têm competência para tratar a matéria de meio ambiente. Esse sistema organizacional varia muito. Mas todos buscam se organizar institucionalmente para trabalhar com o tema. A Bolívia, por exemplo, criou um vice-ministério que aborda Meio Ambiente, Biodiversidade e Mudanças Climáticas. Pode-se dizer que o Brasil está um pouco mais avançado, após ter sancionado a Política Nacional sobre Mudanças do Clima. O Peru alterou, em 2009, a Política Nacional de Meio Ambiente e previu especificamente algumas questões relacionadas às alterações do clima. O Equador, em 2008, adotou uma nova Constituição na qual dedica parte considerável às questões ambientais, estabelecendo algumas previsões específicas sobre alterações climáticas.

Ao elevar o tema a nível constitucional, o Equador deu um grande salto para combater as alterações do clima. Como esta abordagem pode ajudar o país a desenvolver ações de adaptação e mitigação?

Tratar mudanças climáticas com base na constituição é o arcabouço jurídico mais importante que se pode ter. Este fundamento não diz exatamente o que fazer, mas é a melhor base legal. Por exemplo, o artigo 416 da constituição equatoriana determina que “o Estado adotará medidas adequadas e transversais para mitigação das mudanças climáticas mediante a limitação das emissões de gases de efeito estufa, do desmatamento e da contaminação atmosférica. Tomará medidas para conservação das florestas, da vegetação e protegerá a população de risco”. Neste artigo se estabelece o mandamento genérico de que devem ser reduzidos as emissões, a poluição atmosférica e o desmatamento. Já as ações para se atingir este objetivo vão ser determinadas a partir da regulamentação de outras normas, que hierarquicamente estão abaixo da Constituição, como por exemplo, os decretos. Entretanto, ter o fundamento na Constituição evita qualquer questionamento sobre a validade e a correção dessas diretrizes.

Você mencionou que o Peru alterou a legislação ambiental. Quais foram as principais modificações realizadas?

Ao modificar a política nacional do meio ambiente em 2009, o governo peruano incluiu expressamente a adaptação da sociedade às mudanças climáticas em seus objetivos da política, além de estabelecer medidas de mitigação orientadas ao desenvolvimento sustentável. Houve também alterações nas diretrizes de ordenamento territorial. Ou seja, a nova lei prevê a incorporação, ainda nos processos de planejamento, de uma análise do risco natural e antrópico dos territórios a serem utilizados. Essa ação tem um impacto bastante importante na prevenção de desastres, pois estes estudos orientam a ocupação do solo. Ou seja, identificar os pontos de alagamento e as áreas vulneráveis a deslizamento de terra, entre outros, em tese impediria a ocupação de regiões suscetíveis a acidentes e, dessa maneira, preveniria a ocorrência de desastres.

No Brasil, a Política Nacional de Mudanças Climáticas faz uma referência genérica à necessidade de identificação de vulnerabilidades e da adoção de medidas de adaptação. No entanto, não faz nenhuma vinculação específica com o planejamento territorial. Mas vale destacar que alguns estados brasileiros apresentam regras mais específicas no que se refere a planejamento da ocupação dos territórios, como São Paulo.


A Venezuela tem o crescimento baseado na extração de combustíveis fósseis. Esta situação interfere diretamente no posicionamento do país frente às ações de combate as alterações climáticas?

Essa é uma variável importante no posicionamento do país. O que chama a atenção é o fato de a Venezuela ser único país amazônico contrário à adoção de uma política de biocombustíveis (enquanto no Brasil, por exemplo, este tipo de programa é um carro chefe). Segundo o governo venezuelano, essa posição está baseada, especialmente, nos riscos que a adoção dos biocombustíveis poderia trazer a segurança alimentar, uma vez que poderia ocorrer a substituição de plantios hoje destinados à alimentação pelo cultivo de cana, soja ou outras culturas voltadas à produção desses combustíveis. Eles alegam que a mudança poderia não só reduzir a quantidade de alimentos produzidos, como também ocasionar o encarecimento desses produtos.


Como a questão climática é abordada no Bolívia? A realização de conferências, como, por exemplo, a da Mãe Terra, demonstra que o país é avançado?

A pressão social boliviana pode ser observada a partir da organização política do país para tratar o tema. A Bolívia já conta com estrutura administrativa dedicada a tratar de mudanças climáticas, trata-se do vice-ministério de Medio Ambiente, Biodiversidad y Cambios Climáticos, o qual possui competência para desenvolver e executar o Plano Nacional de Mudanças Climáticas. Mas a pesquisa realizada pelo Projeto Direito e Mudanças Climáticas indicou a existência de lacunas normativas relacionadas à eficiência energética e às energias renováveis no país.


E a Colômbia, apresenta alguma particularidade para trabalhar com as alterações climáticas?

O governo colombiano iniciou um processo para reconfigurar a legislação com base nos critérios de adaptação e mitigação. O Ministério do Meio Ambiente, Habitação e Desenvolvimento Territorial é responsável por coordenar os esforços das políticas nacionais e internacionais voltadas para a mitigar e prevenir os efeitos da mudanças climáticas na Colômbia. Além do ministério, as agências de aplicação da lei territorial, distrital e municipal também são capazes de gerar ferramentas de mitigação e adaptação a este fenômeno, dentro de seus limites territoriais e de acordo com as diretrizes estabelecidas pela política nacional. Mas os instrumentos de regulamentação colombianos “sofrem” de uma certa timidez. Todavia, é interessante notar que as questões relacionadas com a mudança do clima no país a cada dia se tornam mais importante entre a sociedade. Neste processo de conscientização sobre o fenômeno o que se espera é um esforço institucional mais intenso para tomar as medidas adequadas para enfrentar o problema a partir de uma prevenção abrangente e participativa.

Em viagem ao Peru, em junho deste ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a construção de um discurso único dos países amazônicos, para ser apresentado na próxima reunião de cúpula sobre o combate ao aquecimento global (COP 16). Qual a sua opinião sobre esta proposta?

Esta posição do presidente brasileiro é bastante importante. As diferenças entre os países existem, mas a maior parte deles compartilha a Floresta Amazônica, que exerce um importante papel na regulação do clima da região. Este bioma influencia inclusive esfera econômica. Certamente uma estratégia conjunta na COP 16 [a ser realizada entre novembro em dezembro no México deste ano], só vem a reforçar a posição desses países, e quem sabe até ajude a alavancar as negociações. Embora desconheça qualquer iniciativa concreta a respeito da articulação dessa estratégia, penso que os possíveis empecilhos em decorrência das diferenças entre os países podem ser negociados. Em todo o caso, acredito que o Tratado de Cooperação Amazônica poderia ser um instrumento facilitador para a construção dessa posição única.

Fonte: Mudanças climáticas.

Humanidade é mais inteligente e menos violenta, diz estudo

A história da humanidade representa uma evolução na qual as pessoas são cada vez mais inteligentes, e em consequência disso, menos violentas, diz estudo publicado nesta quarta-feira no último número da revista Nature. O psicólogo canadense Steven Pinker argumenta que o aumento da inteligência, que se reflete em pontuações médias cada vez mais altas nos teste de raciocínio abstrato, e também o desenvolvimento da empatia entre os seres humanos, propiciaram um declive da barbárie nos últimos séculos.

Também a alfabetização e o cosmopolitismo favoreceram uma troca de ideias em nível global que "possibilita a compreensão do mundo e facilita os acordos" entre distintas sociedades. "Apesar de atualmente nos sentirmos constantemente rodeados pela violência, em séculos anteriores a situação era muito pior. Impérios em colapso, conquistadores maníacos e invasões tribais" eram comuns, afirma Pinker.

A arqueologia forense e a demografia sugerem que em torno de 15% dos indivíduos nas sociedades "pré-estatais" morriam de maneira violenta, uma proporção cinco vezes maior à registrada no século XX, apesar de suas guerras, genocídios e crises de fome. Nesse sentido, Pinker aponta que a afirmação popular de que "o século XX é o mais sangrento da história" é uma mera "ilusão" que dificilmente pode ser apoiada em dados históricos.

A barbárie diminuiu comparada a épocas anteriores não só com relação a conflitos armados, mas também a comportamentos sociais, diz o pesquisador. No século XIV, 40 em cada 100 mil pessoas morriam assassinadas, enquanto atualmente essa taxa se reduziu a 1,3 pessoas.

"Além disso, nos últimos séculos, a humanidade abandonou progressivamente práticas como os sacrifícios humanos, a perseguição de hereges e métodos cruéis de execução como a fogueira, a crucificação e a empalação", lembra o psicólogo.

Pinker atribui essa evolução ao aperfeiçoamento da racionalidade e não a um "sentido moral" dos seres humanos, que por si só serviu para "legitimar todo tipo de castigos sangrentos". "A propagação de normas morais tornou frequentes as represálias violentas por faltas como a blasfêmia, a heresia, a indecência e as ofensas contra os símbolos sagrados", afirma.

O estudo ressalta que com o tempo o ser humano foi diversificando sua tendência ao comportamento agressivo, presente desde os primeiros Homo sapiens."A racionalidade humana precisou de milhares de anos para concluir que não é bom escravizar outras pessoas, exterminar povos nativos, encarcerar homossexuais e iniciar guerras para restaurar a vaidade ferida de um rei", diz o psicólogo.

O autor do estudo apoia sua tese sobre o aumento da inteligência em pesquisas anteriores, que mostram como o Quociente Intelectual (QI) médio aumenta a cada geração. "As empresas que vendem testes de inteligência têm que normalizar seus resultados periodicamente. Um adolescente médio de hoje em dia se voltasse a 1910 marcaria um QI de 130, enquanto uma pessoa típica do século XX não passaria da pontuação 70 atualmente", explica Pinker.

Fonte: Terra.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Internet e redes sociais podem estar “mudando” nossos cérebros


Segundo um novo estudo, os sites de redes sociais podem estar mudando o cérebro das pessoas, bem como sua vida social.

Varreduras do cérebro das pessoas mostram uma ligação direta entre o número de amigos no Facebook e o tamanho de certas partes de seu cérebro.

Os cientistas não sabem dizer se o uso de redes sociais é que aumenta a massa cinzenta, ou se as pessoas com certas estruturas cerebrais são apenas melhores em fazer amigos.

As regiões envolvidas no estudo têm um papel na interação social, memória e autismo.

Os pesquisadores contaram o número de amigos no Facebook que cada voluntário tinha, bem como avaliaram o tamanho de sua rede real de amigos.

Uma forte ligação foi encontrada entre o número de amigos no Facebook que uma pessoa tinha, e a quantidade de matéria cinzenta em certas partes de seu cérebro.

O estudo também mostrou que o número de amigos no Facebook refletia o número de amigos “verdadeiros” que alguém tinha.

“Encontramos algumas regiões do cérebro que parecem se ligar com o número de amigos que temos, tanto ‘reais’ quanto ‘virtuais’”, disse Ryota Kanai, um dos pesquisadores da University College London. “A questão interessante agora é saber se estas estruturas mudam com o tempo. Isto nos ajudará a responder à pergunta de se a internet está mudando nossos cérebros”, explica.

Uma região envolvida é a amígdala, que está associada com a memória e as respostas emocionais.

Pesquisas anteriores já haviam mostrado uma ligação entre o volume de massa cinzenta na amígdala e o tamanho e complexidade das redes sociais do mundo real. Massa cinzenta é o tecido do cérebro onde o processamento mental ocorre.

Três outras áreas do cérebro estavam ligadas com o tamanho da rede online de alguém, mas não com a contagem de amigos do mundo real.

O sulco superior direito temporal tem um papel importante na percepção e pode ser prejudicado no autismo. O giro médio esquerdo temporal é associado a “ler” os sinais sociais, enquanto a terceira área – o complexo direito entorrinal – é pensado para ser importante na memória e navegação.

Geraint Rees, cientista que liderou a pesquisa, disse que pouco se sabe sobre o impacto das redes sociais sobre o cérebro, o que levou a especulações de que a internet é algo ruim para nós.

“Nosso estudo nos ajudará a começar a entender como nossas interações com o mundo são mediadas através de redes sociais”, disse. “Isso deve nos permitir começar a fazer perguntas inteligentes sobre a relação entre a internet e o cérebro – questões científicas, não políticas”.

Embora o estudo tenha encontrado uma ligação entre a estrutura do cérebro humano e o tamanho da rede social online de uma pessoa, não é possível estabelecer causa e efeito.

Fonte: HypeScience.

Estudantes dos cursos de nível superior apresentam trabalhos na Mostra Científica no IFTM

Premiação dos melhores trabalhos será na próxima segunda-feira, na Unidade I

Estudantes dos cursos de nível superior em logística, sistemas para internet, computação e alimentos apresentaram os trabalhos durante a Mostra Científica, realizada no saguão da Unidade II, nesta quinta-feira, dia 20, das 19h às 22h.

À noite, também foram realizadas as últimas palestras programadas para a IV Semana Multidisciplinar do IFTM Campus Uberlândia.

Premiação
Os melhores trabalhos da IV Mostra Científica e da Feira de Conhecimentos serão premiados na próxima segunda-feira, dia 24, durante a cerimônia de encerramento da IV Semana Multidisciplinar.

Programação cultural
O encerramento das atividades da quinta-feira foi comemorado com apresentação musical feita por Ana Carolina Ferreira Naves (estudante de computação), João Rocha Júnior (servidor e estudante de computação) e Larissa Nayara de Souza (ex-aluna de alimentos). A apresentação contou com o apoio da professora de artes, Márcia Maria Sousa.

Ainda na Unidade II, pôde ser conferida uma exposição de fotografia com o tema “Nosso campus é nosso patrimônio”. As fotos dos estudantes ficaram expostas no saguão e nos corredores da unidade durante a semana.


Jornalista Rosiane Magalhães
Comunicação Social – IFTM Campus Uberlândia
comunicacao.udi@iftm.edu.br
Twitter: @iftm_uberlandia



 
Design by Adilmar Coelho Dantas | Edited by Renata da Silva Souza | Open Source